Tanques de combustível






Quando do estabelecimento da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), na temporada 1983-84, foram inicialmente utilizados tanques com revestimento de borracha. No verão seguinte, começaram a ser utilizados os chamados "módulos-tanque", em quantidade que foi ampliada gradualmente. Por volta de 1987-88 já havia cerca de 16 desses vasos.







Em 1992-93 os módulos-tanque começaram a ser substituídos por tanques de parede dupla. Foram usados até o verão 2006-07, quando se decidiu pela troca, em função da corrosão da estrutura de suas bases. Nesse momento, havia 17 cisternas na EACF, com capacidade para cerca de 340.000 litros de combustível ao todo, acrescidas de uma unidade para 3.000 l, usada na estocagem de gasolina. Esses reservatórios consistiam em cascos dentro de contêineres pintados de laranja, que ficavam sobre fundações de concreto.












Na temporada 2007-08, novos tanques de aço inoxidável, confeccionados pelo Arsenal da Marinha do Rio de Janeiro e custeados pela PETROBRAS, foram instalados junto à EACF: 10 vasos com 30.500 litros de capacidade individual, destinados a armazenar gasoil arctic (óleo diesel com propriedades anticongelantes desenvolvido pela PETROBRAS *), mais um recipiente de 5.000 l para gasolina. 

As cisternas foram dispostas em duas fileiras, entre as quais foi instalada uma estação de bombeamento, que ficava dentro de dois contêineres cor de laranja. De lá, o combustível era enviado para dois tanques de serviço de 5.000 litros cada um, localizados dentro da casa de máquinas da antiga estaçã (foi um desses cascos de serviço que transbordou, ocasionando o incêndio de 2012). Os tanques externos não foram afetados pelo incêndio, mas foram substituídos por novos, completados durante o verão 2018-19.









Um novo parque de tanques, com 16 unidades, foi concluído em março de 2019 para substituir os vasos instalados em 2007-08:



* Desde a fundação da EACF, a PETROBRAS supre a demanda de combustíveis do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), através de produtos desenvolvidos com tecnologia própria que podem suportar temperaturas de até -40º C sem congelar. Em números de 2007, a empresa provia anualmente 3.000.000 de litros de óleo diesel marítimo (para uso pelos navios envolvidos na Operação Antártica), 400.000 litros de gasoil arctic (diesel utilizado para a produção de energia elétrica), 20.000 litros de gasolina A (sem álcool, para os motores de barcos, snowmobiles e quad bikes), 70.000 litros de querosene de aviação QAV-5 (combustível JP-5, para as turbinas dos helicópteros embarcados nos navios da MB) e 1.200.000 litros de querosene de aviação QAV-1 (utilizado pelos Lockheed C-130 Hercules da FAB). Além disso, entre 2006 e 2007 também foram utilizados 2.400 litros de óleos lubrificantes (para motores, geradores e maquinário pesado em geral) e outras graxas, fornecidos quer pela Petrobras, quer por outras empresas. Em 7 de agosto de 2019, a parceria entre a PETROBRAS e a Marinha do Brasil foi renovada por mais cinco anos (aqui, p. 7).


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FONTE PRINCIPAL: Initial Environmental Evaluation. Replacement of Fuel tanks at the Comandante Ferraz Antarctic StationDocumento IP 132, apresentado à XXX Reunião do Secretariado do Tratado da Antártida, realizada em Nova Dehli, em 2007 – disponível em https://www.ats.aq/devAS/Meetings/DocDatabase?lang=e.


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